quarta-feira, 7 de abril de 2010

Adriana D’Angelo – A Verdadeira Mistura da Dança, Beleza e Felicidade.



Quando a vida nos concede um dom, temos que aperfeiçoá-lo e deixar que o destino nos guie para o sucesso, como é o caso da dançarina Adriana D’Angelo, 26, que desde criança sabia que dançar era o que mais gostava de fazer e aos 5 anos fez sua primeira apresentação, sendo que depois não parou mais. Desde Jazz e Ballet, Adriana, possui todos os movimentos necessários e agraciados para se desenvolver em cima do palco, porém, foi na dança do Ventre que a dançarina começou seu reinado, onde aos 17 anos começou a dar aulas no residencial onde mora e com isso foi conquistando seu espaço e ganhando mais alunos, sendo que pouco tempo depois a dançarina abriu o seu próprio estúdio de dança chamado Adriana D’Angelo.

O Furo teve o prazer de entrevistar a simpática dançarina e conseguir importantes revelações e declarações sobre o misterioso estilo da Dança do Ventre, que causa deslumbramento desde mulheres mais velhas a meninas pequenas. Confira na Íntegra a entrevista:







1-Conte-nos como surgiu o interesse pela dança, o inicio da carreira de Adriana D’ Ângelo?


AD:-Desde a infância dançar era um grande hobby, na primeira oportunidade de ligar o som a dança acontecia naturalmente. Qualquer atividade na escola que envolvesse dança estava participando com enorme prazer. Aos 5 anos de idade participei espontaneamente de um grupo de atividades do hotel Club Med Itaparica e lá fiz a minha primeira apresentação de dança em um palco fora da escola e lá já sabia que a dança faria parte da minha vida.


2- Você inicialmente começou com ballet e jazz, sabe-se que estes estilos estão ligados a dança do ventre, acredita que isso é de uma ajuda muito grande para quem começa a dança do ventre, há uma “facilitação”?


AD:-Bom, inicialmente posso dizer que a dança é universal todos os povos, todas as raças, todas as tribos dançam para distintos fins, a dança está ligada a uma necessidade humana de se expressar desde os remotos tempos. Acredito que todos os estilos de danças estão ligados entre si, quem tem alguma experiência anterior com qualquer outro tipo de dança geralmente tem mais facilidade pela experiência já adquirida de movimentar o corpo dentro do ritmo e melodia da música, porém ter uma experiência anterior nem sempre é garantia de facilidade, cada estilo tem movimentos característicos e é na base de muito treino que conseguimos realizar-los.Temos ainda as pessoas que nunca dançaram na vida e aparecem no Estúdio para aulas e se mostram pessoas com incrível habilidade.


3- Houve alguma inspiração para “sair” do ballet e jazz para iniciar dança do ventre?


AD:-Na verdade não sai do jazz e do ballet ao iniciar a dança do ventre, continuei durante um bom tempo as três modalidades.

Na academia que praticava dança não tinha dança do ventre logo que as inscrições abriram me inscrevi, o mistério envolvido nessa dança milenar, as roupas ricamente bordadas encantam qualquer mulher, a produção que fazemos ao dançar, a feminilidade que trazemos a tona ao dançar nos da uma força que só quem já experimentou sabe o que é, realmente eu recomendo para todas as mulheres de qualquer tipo físico pois a dança oriental conhecida por todos como dança do ventre tem o poder de trazer felicidade.


4-Há idade para começar a dançar qualquer estilo e em específico a dança do ventre?


AD:-Para começar a praticar dança do ventre não há idade, o importante é a professora saber direcionar a aula para o seu público por exemplo: Uma aula de crianças é especial não queremos ver uma criança dançando como mulher muito pelo contrario queremos ver a graça de uma criança ao dançar, então as aulas são muito lúdicas, usamos muitas brincadeiras para o primeiro contado com a dança árabe.






5-Você possui um estúdio localizado em Alphaville, como surgiu a idéia de ensinar dança do ventre? Conte-nos um pouco sobre o estúdio.


AD:-Comecei a estudar dança do ventre aos 11 anos de idade e quando completei 17 anos o centro de convivência do residencial onde moro trouxe uma bailarina para dar aulas de dança do ventre e resolvi ir à aula, acontece que essa professora deu uma aula e não voltou mais, mais tarde conversando com o coordenador das aulas abriu-se a possibilidade de eu dar aulas no lugar dessa professora e lá fui eu com a maior felicidade do mundo, comecei com uma turma depois a procura foi aumentando e abrimos outro horário que chegou a ter 45 alunas, foi um sucesso e a partir daí comecei a dar aulas em outros três residenciais, nesse período fiz uma capa de revista que me trouxe alunas particulares e a partir daí notei que precisava de um espaço para aulas e ai nasceu o Estúdio Adriana D’Angelo.


6-Você, assim como o estúdio já foram vencedores de vários prêmios, com base nisso acredita que a dança do ventre está sendo mais divulgada no Brasil, ou ainda há uma falta grande de festivais e concursos? Fale um pouco sobre o espaço da dança no país.


AD:- O Estúdio aborda tanto as alunas que dançam por prazer e relaxamento quanto as que buscam a profissionalização dentre essas temos o grupo de competição e as solistas que representam o Estúdio nas mais diversas competições, participamos de competições que envolvem diversos tipos de dança e competições especificas em danças Árabes

Existem diversos concursos a quantidade é grande pois é um meio muito rentável para quem os produz, o problema é a qualidade.Já aconteceu de uma solista do estúdio participar de uma competição dançando uma dança folclórica egípcia chamada “melea laf” aonde a bailarina usa um arranjo de cabeça e um chador (pano que cobre o rosto abaixo do nariz),essa solista ganhou o primeiro lugar, porem tive que ler no comentário do juiz que a bailarina é muito linda por isso não precisava tampar o rosto e que poderia ter evitado a tiara de havaiana que colocou na cabeça, logo sugere que o juiz não estava preparado para avaliar danças árabes, por isso cada vez mais estamos selecionando os melhores festivais para participarmos.

Infelizmente a dança no nosso país não é valorizada, quem vive de dança sabe que estou falando, o estudo é muito caro e o retorno nem sempre garantido. Um fato muito recorrente que acontece comigo é a seguinte cena, ao conversar com alguém que não me conhece e ao perguntar a minha profissão e ao escutar que vivo de dança a pessoa retruca: Mas você não trabalha?- Isso é a visão do nosso povo que dança não é trabalho e sim uma diversão, é claro que como tudo temos exceções pessoas que dão o devido valor a arte da dança.






7-Na época da novela “O CLONE”, houve uma divulgação e uma procura grande pela dança do ventre, hoje após um bom tempo da novela como anda o cenário?


AD:-Existe uma era pré e pós clone, antes do clone a dança do ventre era vista com uma visão um pouco mais preconceituosa não que hoje essa visão não esteja presente, mas com certeza muito mais atenuada. A novela mostrou o lado cultural da dança, muitas pessoas conheceram a dança ali e a procura realmente foi incrível, shows toda semana e alunas que não acabavam mais, hoje sem o clone as coisas acalmaram um pouco porém ficaram as festas árabes e o público que conheceu a dança do ventre na novela e se apaixonou e pratica até hoje.O Clone foi uma ótima vitrine para a dança oriental no Brasil .


8- A que público o estúdio está direcionado, há muitos homens na área?


AD:-O Estúdio está direcionado para o público feminino(mas nada impede de eu ter alunos homens como já tive) das mais variadas idades e tipos físicos queremos as alunas felizes com os seus corpos e com sua auto-estima, a dança trabalha o interior e exterior é uma ótima opção para quem quer manter a forma sem a necessidade de freqüentar uma academia.

Existem as danças folclóricas masculinas que são lindas , temos alguns bailarinos no Brasil e no exterior, quanto a dança oriental clássica eu particularmente estou encantada com o trabalho do Dr.Gamal Seif um bailarino egípcio mundialmente famoso, doutor em dança com décadas de sucesso que algumas vezes por ano vem ao Brasil através da brilhante bailarina brasileira Lulu Sabongi dar aulas, ele que é homem dança mais bonito do que muitas bailarinas que já vi, e ao contrario do que muitos pensam não é afeminado muito pelo contrario é masculino, delicado e forte quando necessário, com impecáveis técnica e expressão, um verdadeiro artista.





9- Fale-nos um pouco sobre os alunos do estúdio, qual a relação deles com a dança, inicialmente quando procuram pela dança do ventre o que buscam?


AD:-As pessoas vem ao Estúdio pelos mais variados motivos: Algumas para relaxar, outras para manter a forma, outras ainda por indicação médica pois a dança do ventre trabalha e fortalece os músculos do baixo ventre ajudando na incontinência urinaria por exemplo, indicações psiquiátricas para melhorar a auto-estima e depressão, para aprender uma coreografia para dançar em alguma ocasião especial, para se tornarem profissionais de dança do ventre, para se sentirem mais belas e felizes... São os mais variados motivos e posso dizer que independente da razão que elas vem ao Estúdio o resultado aparece com essa dança tão especial.


10-Há algum preconceito direcionado a dança do ventre? Quais são as maiores dificuldades nesse mercado?


AD:-O preconceito acontece por causa de algumas “bailarinas” que assim se auto-intitulam e vão aos programas de televisão “dançar dança do ventre” de langerie, tirando a roupa e etc..Sem nenhuma técnica e muita vulgaridade e como a maioria das pessoas nunca viram um show “serio” de dança do ventre acreditam que é isso.

Quem já viu um show de dança do ventre sabe que a bailarina flutua ao dançar, que os movimentos de mãos são delicados, que as passadas são delicadas ou bruscas quando necessário que a música é tocada pelo corpo da bailarina com uma precisão incrível, que parece um show de coordenação motora e arte, a sensualidade está presente porém de uma forma sutil muito natural.







11-Acredita que falta uma cultura direcionada a dança em nosso país? Em relação a dança do ventre há maior ou menor dificuldade em relação aos outros estilos?


AD:-Sim, com certeza.(Primeira pergunta) As pessoas dançam no Brasil com a técnica que vem nos seus genes com a alegria do samba, com a diversão do forro, com tradição do bumba meu boi e por ai vai mas pergunta para os pais de qualquer criança o que gostaria de seu filho fosse quando crescesse muito raramente algum pai gostaria que seu filho fosse bailarino mas sim jogador de futebol, médico, advogado e engenheiro a dança não está nos planos dos brasileiros, mas na minha opinião deveria, pois a dança assim como o esporte afasta os jovens das drogas e maus hábitos e ensina que o que a gente tem no coração pode ser dividido com as pessoas e assim percebemos que todos somos muito parecidos, criamos assim uma identidade com o próximo.

Acredito que a dificuldade da dança no nosso país não é exclusividade da dança do ventre e sim de todas as modalidades.Em relação ao interesse das alunas acredito que para o público adulto que nunca praticou dança vê na dança do ventre uma vantagem pois o gingado agrada muito as brasileiras e o tipo físico não influencia na execução dos movimentos, sinto que elas se sentem mais em casa, acredito que é menor a possibilidade de uma aluna adulta sem experiência em dança entrar na aula de ballet do que na dança do ventre porém como sempre há exceções.


12-Apesar de iniciar na dança muito jovem, você se graduou em rádio e TV, o que buscou ao cursar essa graduação e trocaria a dança para atuar na área?


AD:-A televisão sempre foi uma paixão, na escola por volta dos 12 anos tive um professor que era roteirista de um programa de TV infantil, ele sugeriu que fizessemos trabalhos em vídeo, meu grupo e eu fizemos uns vídeos ótimos dentre muitos um com parodia de comerciais que inclusive foi assunto de um programa da televisão local( TV Alphaville) que fez bastante sucesso. Durante a adolescência fiz um curso para interpretação para comerciais mas a dança começou a tomar uma boa parte do meu tempo.

Logo depois no segundo grau resolvi cursar rádio e televisão pois adoraria trabalhar na área, cursei valeu muito a pena, porém já tinha o estúdio que funcionava a todo vapor e teria que largar para estagiar na área porque não daria para fazer os dois ao mesmo tempo e não tive coragem e vontade de largar a minha paixão para me aventurar em algo novo começando do zero.

Não trocaria, mas se houvesse a possibilidade de conciliar os dois o faria com enorme prazer.De qualquer maneira o conhecimento que adquiri na faculdade me ajuda na produção do show que fazemos no final do ano com as alunas no teatro, conhecimento é sempre válido.


13-Um conselho para quem quer iniciar qualquer estilo de dança e em específico a dança do ventre.


AD:- O mesmo conselho para qualquer estilo de dança: Procure uma boa escola, um bom professor, existem professores ótimos e outros nem tanto então vale a pena pesquisar, é importante o aluno se identificar com o método e a intenção da escola, no mais é só seguir os seus sonhos e não desistir nunca, seja para ter sucesso profissionalmente quanto para queimar aqueles quilinhos extras a dança pode realizar os mais diferentes sonhos.






14-Como vê a dança do ventre daqui 10 anos?


AD:-O alto nível da dança do ventre das brasileiras é reconhecido mundialmente, temos grandes estrelas brasileiras que trabalham e vivem no mundo árabe obtendo grande renome, acredito que daqui a 10 anos teremos mais estrelas da dança do ventre levando o nome do Brasil pelo mundo, e acredito que o número de boas escolas de danças árabes vão crescer porque cada vez mais a mulher descobre que a felicidade vem de dentro de si, e a dança do ventre mostra isso, quando uma aluna consegue fazer um passo que há muito tempo vem treinando descobre que consegue superar qualquer obstáculo, quando vê a seu corpo mais suave e delicado percebe que é mulher e pode encantar, ao ver que pode ser bonita e sensual mesmo com uns quilos a mais, ao contrario do que as revistas dizem, caem às cobranças e descobre-se que ser feliz é muito simples basta uma música, você e o espelho...





Sem distinção de raça, cor, sexo ou religião, Adriana segue com seu brilho ensinando e encantando a todos que diretamente ou indiretamente são ligados a dança e com seu grande potencial e carisma prova que a dança é universal, onde cada estilo possui o seu significado e a sua expressão.


15- Mensagem para todos que tem interesse em conhecer mais o estúdio Adriana D’ Ângelo e o que o público pode esperar para 2010?!


AD:- O Estúdio Adriana D’Angelo atende tanto as pessoas que querem aprender dança do ventre para o bem estar quanto para as que querem se profissionalizar fica o convite venha fazer uma aula experimental gratuita faça amizades, dance e seja mais feliz!

Temos uma equipe de bailarinas profissionais para abrilhantar o seu evento entre em contato e faça o orçamento.

Em 2010 o Grupo Adriana D’Angelo vai estar nos mais importantes festivais do ano aguardem!



16- Mensagem para a equipe do blog “O FURO”

AD:-Obrigada pessoal de “O FURO” pelo convite, parabéns pelas perguntas muito bem formuladas! Acredito ser a entrevista mais completa que já dei até hoje. Se precisarem pode contar comigo!Adorei.



Contato:

Aulas e shows:

Estúdio Adriana D’Angelo se localiza em Alphaville , telefone 9941-5008, visite o site www.adrianadangelo.com




O Blog Furo agradece a cooperação de Adriana D’Angelo para a realização dessa importante entrevista. Desejamos mais sucesso e que seu brilho na dança permaneça sempre iluminando a todos nós. Obrigado.






5 comentários:

Juliana disse...

Adorei a entrevista! É bom saber que mais pessoas valorizam a dança do ventre, sem levar em conta os mitos e a suposta "sensualidade/ vulgaridade" que muitos confundem.
Adriana além de linda, acaba de uma vez com o MITO de que bailarina de dança do ventre tem barriga :D
O Blog está de parabéns.

Michelle Sandrini disse...

Parabéns pela entrevista e parabéns à bailarina Adriana D'Angelo!
A dança do ventre é arte e forma de expressão corporal feminina, delicada e, como muito bem dito por este blog, DEMOCRÁTICA.

Dani Donha disse...

A entrevista ficou demaissssss!!!!!! bjsss galéra!!!

Mi disse...

Adorei a entrevista! Deu pra entender melhor como eh a dança do ventre. Muito inspiradora! Fiquei com vontade de começar a dançar.

V. disse...

Muito legal a entrevista! dá vontade de aprender a dançar!!!! =)
Parabéns pelo belo trabalho profissional com a dança!